quarta-feira, 23 de julho de 2014

Mais Uma Irreparável Perda Para Literatura Mundial, Morre Ariano Suassuna



A ALB-Academia Letras do Brasil em luto oficial por mais uma grande perda para literatura brasileira.
Morre aos 87 anos o Imortal Ariano Suassuna




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Em Berna/ Suíça o  President/ALB for Europe falou sobre o que representa está perda para a literatura.

"... Mais uma vez estou bastante abalado com mais está perda significativa para a literatura.
O Mestre Ariano Suassuna bem como João Ubaldo Ribeiro, eram intelectuais a frente de seu tempo e tinham a maestria de escrever na linguagem popular sem perder o requinte de traduzir o universo que os rodeavam. Assisti a algumas palestras do Mestre e conversei com o mesmo algumas vezes. Jovial e de um carisma inigualável, falava para uma platéia de estudantes como para seus filhos ensinando sem a pretensão de ser o detentor da verdade absoluta mas fazendo-os pensar. Motivando-os sobre serem questionadores sobre tudo que os cercavam. 
Desde que fora acometido o ano passado de um infarto vinha acompanhando de perto as informações através de seu Sobrinho-Neto meu amigo pessoal que é Músico e Compositor, Fabio Luiz.
Hoje pela manha no Brasil falei com o amigo que desmentiu a veiculação na rede sobre o falecimento do mestre, mas agora a pouco 23:30 aqui na Suíça, recebi deste amigo a triste noticia da  passagem do Mestre Ariano Suassuna para o plano espiritual.
A ALB/Suíça no ano passado havia lhe outorgado o título de  Comendador das Artes e Acadêmico Patrono, mas devido aos problemas de saúde que vinha enfrentando não estava sendo possível fazer a outorga das honrarias ao mesmo.  Mas o faremos a família assim que pudermos.
As gerações futuras receberão um legado magnífico que são os seus escritos, e para que isso seja feito de uma forma substancial obras como as dos Mestres, Ariano, João Ubaldo, Jorge Amado, Rubens Alves e outros deverão ser adotadas como obrigatórias no ensino fundamental, bem como nós cursos superiores de letras. Só assim teremos um alcance maior na disseminação do legado destes grandes escritores e pensadores brasileiros. Formando cidadãos com senso crítico aguçado e gerando assim uma política de formação de leitores.
Ao Mestre Ariano os meus agradecimentos por tudo que fez é na sua contribuição para a minha formação como leitor e amadurecimento como escritor e poeta. Em nome da Academia de Letras do Brasil o agradecimento ao Imortal, Escritor, Poeta, Romancista e Dramaturgo, por tudo que fez e pela difusão do Brasil pelo mundo através das suas obras.
A Família do Mestre Suassuna os nossos sentimentos de pesar em nome da ALB na pessoa do nosso Presidente/Global Dr. Mario Carabajal Lopes.

Deixo aqui um texto de minha autoria em homenagem ao Mestre Suassuna:



"...O que é o partir?

Um lapso no tempo presente e um novo começo em outra dimensão?
O deixar de existir matéria condensada e passar a ser cósmica poeira?
O partir é tudo isso e muito mais.
Para muitos é o descansar em paz.
Para outros é o partir para o nunca mais.
Partimos todos os dias aos poucos.
Não percebemos porque este mundo louco nos remete a ter que priorizar e valorizar o que ele e as configurações diárias nos apresentam para gerenciar.
Partir na verdade é reforçar a sensação de que sempre estivemos mas, nem sempre fomos notados ou valorizados ou compreendidos como deveríamos.
Para quem fica resta o consolo e as lembranças das ultimas palavras, do ultimo gesto. Que na verdade materializam o que agora é muito mais espiritual que antes e nos faz refletir sobre o tempo e o que fazemos com ele.
O partir é ficar, mas em um outro plano.
Sem enganos ou incertezas.
Mas, na esperança de que sempre nos encontraremos e esta é a melhor coisa que podemos ter no momento de dor e perda.
O partir é a finalização de um momento e o inicio de uma nova vida.
Para quem vai e para quem fica.
Transformando as muitas vidas em breves encontros e muitas despedidas..."


("Na Estação" , by Carlos Ventura)





Conde Dr. Carlos Ventura
President/ALB for Europe
Presidente da Seccional/ALB-Suíça




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Ariano Vilar Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), no dia 16 de junho de 1927, filho de Cássia Vilar e João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no Sertão, na Fazenda Acauã, em Aparecida, Paraíba.
Com a Revolução de 1930, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano, no Colégio Americano Batista e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de um Coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a sua peça O Casamento Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O Santo e a Porca; em 1958, foi encenada a sua peça O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna; em 1959, A Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro.
Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a Farsa da Boa Preguiça (1960) e A Caseira e a Catarina (1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPE. Ali, em 1976, defende a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira. Aposenta-se como professor em 1994.
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura (1967); nomeado, pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE (1969). Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o “Movimento Armorial”, interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18 de outubro de 1970, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial” e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes (1994-1998).
Entre 1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de “romance armorial-popular brasileiro”.
Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte, onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d’A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.
Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2000).
Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.



Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca na escola de samba Império Serrano; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista. Em 2013 sua mais famosa obra, o Auto da Compadecida foi o tema da escola de samba Pérola Negra em São Paulo.
Em 2006, foi concedido título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Ceará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.[2]
Ariano Suassuna é um torcedor fanático do Sport Club do Recife.[3]
Estudos
Em 1942, ainda adolescente, Ariano Suassuna muda-se para cidade do Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito(1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964).
De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra.[4]
Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Comércio do Recife.
Advocacia e teatro
Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961.
Entre 1951 e 1952, volta a Sousa, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.
Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema.
Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".

Ariano acredita que: "Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial."






Fonte: 
 Wikipédia
Materia: ASCOM/ALB-Suíça

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