A ALB-Academia Letras do Brasil em luto oficial por mais uma grande perda para literatura brasileira.
Morre aos 87 anos o Imortal Ariano Suassuna
Morre aos 87 anos o Imortal Ariano Suassuna
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Em Berna/ Suíça o President/ALB for Europe falou sobre o que representa está perda para a literatura.
"... Mais uma vez estou bastante abalado com mais está perda significativa para a literatura.
O Mestre Ariano Suassuna bem como João Ubaldo Ribeiro, eram intelectuais a frente de seu tempo e tinham a maestria de escrever na linguagem popular sem perder o requinte de traduzir o universo que os rodeavam. Assisti a algumas palestras do Mestre e conversei com o mesmo algumas vezes. Jovial e de um carisma inigualável, falava para uma platéia de estudantes como para seus filhos ensinando sem a pretensão de ser o detentor da verdade absoluta mas fazendo-os pensar. Motivando-os sobre serem questionadores sobre tudo que os cercavam.
Desde que fora acometido o ano passado de um infarto vinha acompanhando de perto as informações através de seu Sobrinho-Neto meu amigo pessoal que é Músico e Compositor, Fabio Luiz.
Hoje pela manha no Brasil falei com o amigo que desmentiu a veiculação na rede sobre o falecimento do mestre, mas agora a pouco 23:30 aqui na Suíça, recebi deste amigo a triste noticia da passagem do Mestre Ariano Suassuna para o plano espiritual.
Hoje pela manha no Brasil falei com o amigo que desmentiu a veiculação na rede sobre o falecimento do mestre, mas agora a pouco 23:30 aqui na Suíça, recebi deste amigo a triste noticia da passagem do Mestre Ariano Suassuna para o plano espiritual.
A ALB/Suíça no ano passado havia lhe outorgado o título de Comendador das Artes e Acadêmico Patrono, mas devido aos problemas de saúde que vinha enfrentando não estava sendo possível fazer a outorga das honrarias ao mesmo. Mas o faremos a família assim que pudermos.
As gerações futuras receberão um legado magnífico que são os seus escritos, e para que isso seja feito de uma forma substancial obras como as dos Mestres, Ariano, João Ubaldo, Jorge Amado, Rubens Alves e outros deverão ser adotadas como obrigatórias no ensino fundamental, bem como nós cursos superiores de letras. Só assim teremos um alcance maior na disseminação do legado destes grandes escritores e pensadores brasileiros. Formando cidadãos com senso crítico aguçado e gerando assim uma política de formação de leitores.
Ao Mestre Ariano os meus agradecimentos por tudo que fez é na sua contribuição para a minha formação como leitor e amadurecimento como escritor e poeta. Em nome da Academia de Letras do Brasil o agradecimento ao Imortal, Escritor, Poeta, Romancista e Dramaturgo, por tudo que fez e pela difusão do Brasil pelo mundo através das suas obras.
A Família do Mestre Suassuna os nossos sentimentos de pesar em nome da ALB na pessoa do nosso Presidente/Global Dr. Mario Carabajal Lopes.
Deixo aqui um texto de minha autoria em homenagem ao Mestre Suassuna:
"...O que é o partir?
Um lapso no tempo presente e um novo começo em outra dimensão?
O deixar de existir matéria condensada e passar a ser cósmica poeira?
O partir é tudo isso e muito mais.
Para muitos é o descansar em paz.
Para outros é o partir para o nunca mais.
Partimos todos os dias aos poucos.
Não percebemos porque este mundo louco nos remete a ter que priorizar e valorizar o que ele e as configurações diárias nos apresentam para gerenciar.
Partir na verdade é reforçar a sensação de que sempre estivemos mas, nem sempre fomos notados ou valorizados ou compreendidos como deveríamos.
Para quem fica resta o consolo e as lembranças das ultimas palavras, do ultimo gesto. Que na verdade materializam o que agora é muito mais espiritual que antes e nos faz refletir sobre o tempo e o que fazemos com ele.
O partir é ficar, mas em um outro plano.
Sem enganos ou incertezas.
Mas, na esperança de que sempre nos encontraremos e esta é a melhor coisa que podemos ter no momento de dor e perda.
O partir é a finalização de um momento e o inicio de uma nova vida.
Para quem vai e para quem fica.
Transformando as muitas vidas em breves encontros e muitas despedidas..."
("Na Estação" , by Carlos Ventura)
Conde Dr. Carlos Ventura
President/ALB for Europe
Presidente da Seccional/ALB-Suíça
Deixo aqui um texto de minha autoria em homenagem ao Mestre Suassuna:
"...O que é o partir?
Um lapso no tempo presente e um novo começo em outra dimensão?
O deixar de existir matéria condensada e passar a ser cósmica poeira?
O partir é tudo isso e muito mais.
Para muitos é o descansar em paz.
Para outros é o partir para o nunca mais.
Partimos todos os dias aos poucos.
Não percebemos porque este mundo louco nos remete a ter que priorizar e valorizar o que ele e as configurações diárias nos apresentam para gerenciar.
Partir na verdade é reforçar a sensação de que sempre estivemos mas, nem sempre fomos notados ou valorizados ou compreendidos como deveríamos.
Para quem fica resta o consolo e as lembranças das ultimas palavras, do ultimo gesto. Que na verdade materializam o que agora é muito mais espiritual que antes e nos faz refletir sobre o tempo e o que fazemos com ele.
O partir é ficar, mas em um outro plano.
Sem enganos ou incertezas.
Mas, na esperança de que sempre nos encontraremos e esta é a melhor coisa que podemos ter no momento de dor e perda.
O partir é a finalização de um momento e o inicio de uma nova vida.
Para quem vai e para quem fica.
Transformando as muitas vidas em breves encontros e muitas despedidas..."
("Na Estação" , by Carlos Ventura)
Conde Dr. Carlos Ventura
President/ALB for Europe
Presidente da Seccional/ALB-Suíça
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Ariano
Vilar Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), no dia
16 de junho de 1927, filho de Cássia Vilar e João Suassuna. No ano seguinte,
seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no Sertão, na
Fazenda Acauã, em Aparecida, Paraíba.
Com a
Revolução de 1930, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de
Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa
cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma
peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação”
seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
A partir de
1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários
no Ginásio Pernambucano, no Colégio Americano Batista e no Colégio Osvaldo
Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo
Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em
1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça
Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do
Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
Em 1950,
formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de
João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de
novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de um Coração em 1951.
Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia,
sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba
(1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o
projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o
texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
Em 1956,
abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade
Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a sua peça O Casamento
Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O Santo e a Porca; em
1958, foi encenada a sua peça O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna; em 1959, A
Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro.
Em 1959, em
companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que
montou em seguida a Farsa da Boa Preguiça (1960) e A Caseira e a Catarina
(1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de
dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPE. Ali, em 1976, defende
a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a
Cultura Brasileira. Aposenta-se como professor em 1994.
Membro
fundador do Conselho Federal de Cultura (1967); nomeado, pelo Reitor Murilo
Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE (1969). Ligado diretamente
à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o “Movimento Armorial”, interessado no
desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares
tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música
erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18
de outubro de 1970, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina – do
Barroco ao Armorial” e com uma exposição de gravura, pintura e escultura.
Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes
(1994-1998).
Entre
1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d’A Pedra do
Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado
nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele
de “romance armorial-popular brasileiro”.
Ariano
Suassuna construiu em São José do Belmonte, onde ocorre a cavalgada inspirada
no Romance d’A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16
esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo,
representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus
Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.
Membro da
Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (2000).
Em 2004,
com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O
Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi
exibido na Sala José de Alencar.
Em 2002,
Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca na escola de samba
Império Serrano; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de
samba Mancha Verde no carnaval paulista. Em 2013 sua mais famosa obra, o Auto
da Compadecida foi o tema da escola de samba Pérola Negra em São Paulo.
Em 2006,
foi concedido título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do
Ceará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas
de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a
honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao
tempo entre a concessão e o recebimento do título.[2]
Ariano
Suassuna é um torcedor fanático do Sport Club do Recife.[3]
Estudos
Em 1942,
ainda adolescente, Ariano Suassuna muda-se para cidade do Recife, no vizinho
estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo
ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial
(ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no
Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo
superior em Direito(1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em
Filosofia (1964).
De formação
calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria
a marcar definitivamente a sua obra.[4]
Ariano
Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945,
quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Comércio
do Recife.
Advocacia e
teatro
Na
Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o
Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma
mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O
desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco.
Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o
aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento
Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960,
e A Caseira e a Catarina, de 1961.
Entre 1951
e 1952, volta a Sousa, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e
montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956,
dedica-se à advocacia e ao teatro.
Em 1955,
Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral
Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro
brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por
grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o
cinema.
Em 1956,
afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal
de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de
livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão
sobre a cultura brasileira".
Ariano
acredita que: "Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda
escrevendo com uma linguagem coloquial."
Fonte: Wikipédia
Materia: ASCOM/ALB-Suíça
Fonte:
Materia: ASCOM/ALB-Suíça
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