“O reconhecimento dos principais atores e
promotores da nossa cultura e seus derivados se faz necessário para o
fortalecimento das ações e projetos culturais…”
Estas
foram às falas inicias do Presidente da Seccional/Suíça da ALB, Dr. Carlos
Ventura, no evento no dia 30.03.12, que homenageou aqueles que promovem,
difundem, preservam patrocinam e apóiam a cultura brasileira.
Segundo
destaca o Presidente da ALB/Suíça o que a ALB pretende é através destas e
outras ações fomentar um novo olhar sobre a diversidade cultural Brasileira.
Confira
aqui parte da sua preleção:
…Tudo
já esta aí, basta que tenhamos um olhar desprovido de sentimentos pessoais e
tudo flui…
“…
Temos como entidade e agentes culturais principalmente estando fora do Brasil,
de motivar e fazer com que os que promovem, difundem, apoiam e patrocinam, as
artes e a nossa cultura sintam-se reconhecidos e motivados, por isso: Nós temos
esta obrigação!
Pois
não é o presente que nos cobra, e sim a historia que cobrará no futuro, pois
ainda pagamos um preço alto por não termos planejado no passado a difusão no
exterior de um Brasil diversificado culturalmente e hoje ainda temos que lutar
para mostrar que o Brasil é muito mais que samba e futebol.
Temos
condições e podemos sim, escrever uma nova pagina sobre a diversidade dinâmica
da cultura Brasileira para o mundo. Este é o papel das entidades, da sociedade
e de nos brasileiros que estão no exterior.
A
decisão do C.S. Conselho Superior da ALB e do nosso Presidente Prof. Dr. Mario
Carabajal Lopes, em aprovar e apoiar o nosso projeto foi com o olhar de quem
está atento e preocupado com o futuro da nossa cultura no exterior, e que é
possível transformar este processo de mecanização e mercantilizaçao, aos quais
os nossos valores culturais foram reduzidos.
Os
filhos de brasileiros que nasceram no exterior nos últimos 20 anos sofrem um
grande conflito cultural, pois na verdade o que tem como parâmetro sobre a
cultura brasileira, é o que seus pais trouxeram e usualmente veem dentro de
casa como a língua, sabores culinários etc… As informações vindas da mídia
sensacionalista ou da web são as piores possíveis.
Como
reverter este quadro?
Acredito
que através desta maravilhosa ferramenta de transformação do ser, que é a arte.
Mas,
para isso temos que nos dar as maos. Iniciar este processo de catalogação e
homenagem as pessoas, entidades e empresas que movimentam a cadeia da cultura
brasileira no exterior de forma plural, é poder a partir deste processo
desenvolver algo maior. Dar passos maiores, no que tange a organização da
classe artística e fortalecimento das entidades que trabalham a nossa
diversidade cultural.
Fazendo
com que os apoiadores/patrocinadores e principalmente o governo brasileiro
proponham um novo dialogo com a cadeia produtiva da cultura brasileira no
exterior. Para que haja um novo tratamento e um outro olhar sobre os que aqui
mantém vivas e acessas as nossas artes e a diversidade cultural brasileira…
…Buscar através de parcerias com estas
entidades, artistas, promotores, apoiadores e patrocinadores, e com estas produzir o fortalecimento da diversidade
cultural brasileira no exterior, esta é nossa prioridade.
Se
faz necessário isso.
Pois
estar emigrante e fazer parte de uma outra sociedade com características
culturais diferentes das nossas, faz com que o processo de integração, se torne
doloroso, quando nos direciona a deixarmos o que é nosso em segundo plano na
ilusão de que priorizando os aspectos culturais do país em que estamos vivendo
o processo de adaptação seja rápido e indolor. além dos choques naturais
inerentes a ele.
Este
processo inconsciente que também vem carregado de toda uma gama de
necessidades, dentre elas a financeira que pesa sempre sobre todas as coisas é
também um dos fatores que fazem com que a qualidade do que apresentamos,
enquanto difusores da cultura brasileira, caia por conta da mecanização e
mercantilização da cultura. Fazendo com que sejamos imediatistas e apresentemos
de qualquer forma o que é nosso, assim
obtendo um lucro rápido e fácil. Mesmo sendo este lucro provisório e predatório
e assim, lá na frente o fruto disto é o processo de esvaziamento dos eventos e
a falta de credibilidade sobre a qualidade e a idoneidade de quem promove,
patrocina e executa os eventos brasileiros na Suíça.
Quando
cito que temos que ter um novo olhar, ele tem que ser de todos nos.
Se a
nossa arte é quem nos mantém fisica, mental e financeiramente vivos, temos que
ter um novo olhar sobre ela, tanto na qualidade do que apresentamos, quanto na
forma que expomos.
Temos
que nos manter atentos a isso e trabalhar para que tenhamos um aumento
qualitativo no que apresentamos como consumo cultural e com isso a resposta é
um aumento significativo da demanda do publico, apoios e patrocínios.
Vejo
com muita preocupação a diminuição de publico Suíço em eventos promovidos por
brasileiros. Este processo de
esvaziamento não é algo que se deu agora, é um processo que vem se instalando
há tempos e está passando de forma despercebida acredito eu, pelos que
organizam tais eventos.
Não
precisamos de planos mirabolantes está tudo ai, sendo feito por pessoas e
entidades.
O
que precisamos na verdade é valorizar e potencializar o que já vem sendo feito
e este é o primeiro passo. Dar o merecido valor aos que mesmo diante de toda
uma sorte de problemas detectados, não desiste, persiste e resiste aos ventos e
tempestades sobre os que trabalham de forma séria a nossa cultura…
…O trabalho não começa agora, ele já começou
bem antes de nós estarmos aqui e é isso que mostramos ao valorizar os Mestres
do Saber, Pessoas, Entidades e Empresas em cada evento…
Parabéns
a cada um de vocês e que foram e serão homenageados e reconhecidos por nossa entidade.
Que
vocês se multipliquem em cada homenagem e nos ajudem neste caminhar.
Paz
e luz.
Dr.
Carlos Ventura
Presidente
da Secciona/ALB-Suiça
Fonte:
Ascom/ALB-Suíça.
Imagens:
VaiRolar.com e Ascom/ALB-Suíça
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